o mar do poeta

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segunda-feira, agosto 30

SACRISTÃO DA MINHA ALDEIA






O sacristão da minha freguesia

andava sempre a dizer

que as ratas na sacristia

a vela do padre andavam a roer


As ratoeiras lá colocadas,

faziam efeito contrário

as ratas estavam já habituadas

e não tem medo do vigário


O sacristão esse coitado!...

já está um pouco zarolho

e seu lampião anda apagado

e só consegue ver por um olho


O padre ao ter conhecimento

do que o sacristão andava a dizer,

e pelo seu atrevimento

o mandou os carrilhões ir ver


O rosto do indistoso sacristão

ficou logo todo corado,

não mais ratas via com velas na mão

e ficou bem chateado


Lá do alto do campanário

Fortemente tocou no badalo

logo, saiu o vigário

empunhando o seu bordalo


Queria saber o que se passava,

as ratas essas, com medo fugiram,

o sacristão lá do alto anunciava

que as beatas do cinzeiro cairam


Foi tal a confusão

que os homens da aldeia

vieram de cajado na mão

e ao vigário deram uma tareia

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