o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

sexta-feira, novembro 12

FÓRUM MACAU





 Fórum Macau: Herança portuguesa faze de Macau ...



Fórum Macau: Herança portuguesa faze de Macau "lugar único" na China - chefe do Executivo

Macau, China, 11 nov (Lusa) -- A herança portuguesa em Macau faz da atual região administrativa especial um "lugar único" na China, até como plataforma privilegiada de acesso das empresas chinesas aos mercados lusófonos, disse hoje à agência Lusa o chefe do Executivo.


15:24 Quinta feira, 11 de Nov de 2010

Macau, China, 11 nov (Lusa) -- A herança portuguesa em Macau faz da atual região administrativa especial um "lugar único" na China, até como plataforma privilegiada de acesso das empresas chinesas aos mercados lusófonos, disse hoje à agência Lusa o chefe do Executivo.

"A consagração do Português, a par do Chinês, como língua oficial, a presença fortemente enraizada de comunidades de língua portuguesa com importantes contributos para o desenvolvimento harmonioso da sociedade local e a tradição jurídica de matriz portuguesa fazem de Macau um lugar único na China, também enquanto plataforma privilegiada de acesso das empresas do Interior da China aos mercados lusófonos", disse Chui Sai On numa declaração escrita à agência Lusa.

O líder do Governo, que escreveu a declaração a propósito da terceira conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que terá lugar entre 13 e 14 de novembro em Macau, salientou também o "orgulho" da Região em ter sido escolhida para a sede do Fórum.





Lisboa, 05 Jun (Lusa) - O investigador Moisés Fernandes defendeu quarta-feira em Lisboa que o Fórum Macau, uma iniciativa do governo chinês, se vai tornar na verdadeira Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), garantindo a "efectiva ligação entre todos os espaços lusófonos".


Fórum Macau vai ser a verdadeira CPLP

"Estou cada vez mais convencido que esta vai ser a verdadeira CPLP", disse Moisés Fernandes numa conferência que proferiu quarta-feira ao fim da tarde no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A conferência, subordinada ao tema "Macau como plataforma da China para a Lusofonia", resultou de uma parceria conjunta da Associação dos Amigos do Arquivo Histórico-Diplomático, do MNE, e do Instituto Confúcio, da Universidade de Lisboa.

Moisés Fernandes, que é director do Instituto Confúcio, salientou que enquanto a CPLP "é muito política, diplomática e protocolar", o Fórum Macau "vai mais além", contemplando as relações económicas e comerciais.

O Fórum Macau surgiu em 2003, numa iniciativa do governo chinês, com a organização do executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), para intensificar a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa.

A pujança do Fórum Macau e o seu sucesso são demonstrados pelo crescimento superior a 700 por cento das trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa entre 2002 e 2007, em que passou de 6,52 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) para 46,35 mil milhões de dólares (30,1 mil milhões de euros).

Todavia, reconheceu, quando se considera unicamente o ano de 2007, verifica-se que, de entre os oito Estados que fazem parte da CPLP (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) 99 por cento das trocas comerciais são reservadas a três países: Brasil (64 por cento), Angola (30 por cento) e Portugal (cinco por cento).

Os restantes países da CPLP, à excepção de São Tomé e Príncipe, totalizam apenas um por cento do total das trocas comerciais com a China.

São Tomé e Príncipe tem apenas estatuto de observador no Fórum Macau por manter relações diplomáticas com Taiwan, com o qual a China mantém um diferendo de soberania.

Moisés Fernandes acredita que a prazo tanto Moçambique, a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe - "neste caso quando começar a exploração de petróleo", considerou - "virão a ser muito importantes para a China".

"Outro país que vai ser muito importante é Timor-Leste, porque tem gás e petróleo, recursos naturais que a China precisa cada vez mais para manter os seus níveis de crescimento e desenvolvimento", sustentou.

Moisés Fernandes é de opinião que no caso de Timor-Leste "existem duas complicações: a instabilidade interna e a preponderância da Austrália".

"Aqui pode haver, nos próximos anos, uma grande convergência entre a China e Portugal para se diluir a hegemonia australiana em Timor-Leste", considerou.

Aquele investigador acrescentou que outros países do Sudeste Asiático, como a Indonésia e a Malásia, poderão convergir com Pequim e Lisboa para contrariar a influência de Camberra.

"Isto abre as portas a Portugal", acentuou.

Nesta estratégia chinesa, em que as "elevadas taxas de crescimento económico têm contribuído para uma crescente dependência de recursos naturais estrangeiros", o papel de Macau é "fundamental" e "compensa o facto de não ser uma praça financeira como é Hong Kong", salientou Moisés Fernandes.

"Enquanto se mantiverem os elevados índices de crescimento económico da China, o interesse pelos países de língua portuguesa vai permanecer", destacou, frisando que "por razões históricas e geoculturais, Macau é de facto uma plataforma privilegiada para a canalização dos interesses chineses nos países de língua portuguesa, e o contrário também".

A este respeito, Moisés Fernandes deu o exemplo da grande procura que existe na China para a aprendizagem da língua portuguesa, em que, face à falta de capacidade de resposta das sete universidades públicas chinesas, Macau surge como a solução, "como o mais importante centro de aprendizagem da língua portuguesa".

"Anualmente, mais de oito mil chineses de Macau e da China continental têm vindo a inscrever-se nos cursos de língua portuguesa na Região Administrativa Especial de Macau", concluiu.

EL.
Lusa/Fim





Nenhum comentário: