o mar do poeta

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domingo, dezembro 12

12 de DEZEMBRO DE 1098 O cerco de Ma'arrat al-Numan

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cruzada

Para se ter uma ideia do que foram as cruzadas e seus actos barbaros, abre o link acima indicado.



O cerco de Ma'arrat al-Numan ocorreu durante a Primeira Cruzada, no final do ano de 1098, opondo os cruzados à cidade muçulmana de Ma'arrat al-Numan (na actual Síria), sob o domínio dos fatímidas. Uma acção militar de importância menor, ganhou uma importância particular devido aos relatos de excessos de barbárie dos soldados cruzados, que incluiram o massacre da população e canibalismo, permanecendo um episódio marcante na memória muçulmana.

Antecedentes

Depois de concluído o cerco de Antioquia, que resultou num extremar da violência dos cruzados face aos muçulmanos e no massacre dos habitantes da cidade, os ocidentais continuavam com poucos mantimentos. Ineficazes na avaliação e protecção das linhas de provisões, os peregrinos sofriam com a fome generalizada e a falta de equipamento adequado. O recurso para a obtenção destes bens foi a pilhagem dos arredores de Antioquia, que aumentaria com a chegada do Inverno.

Em Julho de 1098, Raymond Pilet, um cavaleiro do exército de Raimundo IV de Toulouse, liderara uma expedição contra Ma'arrat, uma cidade importante na estrada em direcção a Damasco. Este contingente enfrentou a muito mais numerosa guarnição muçulmana na cidade e foi completamente desbaratado, sofrendo muitas baixas. Durante o resto do Verão, os cruzados continuaram uma lenta marcha em direcção a sul, conquistando várias pequenas povoações.

Cerco

No final do mês de Novembro, milhares de cruzados começaram a cercar Ma'arrat. Com a aproximação do Inverno e a falta de provisões, os cristãos não podiam permitir que este se tornasse num cerco demorado, mas as defesas da cidade, que incluíam um fosso profundo e fortes muralhas, revelaram-se difíceis de ultrapassar.

Inicialmente pouco preocupados, devido à derrota que tinham infligido anteriormente aos invasores, os defensores da cidade, na sua maioria uma milícia urbana e cidadãos sem experiência em batalha, conseguiram repelir os ataques durante cerca de duas semanas.

Entretanto os cruzados construíram uma torre de cerco, o que lhes permitiu ultrapassar a muralhas ao mesmo tempo que um grupo de cavaleiros escalava os muros não defendidos do outro lado da cidade. A 11 de Dezembro os cruzados ocuparam as muralhas e os muçulmanos retiraram para o interior da cidade. Todos se prepararam para aguardar o amanhecer antes de voltar a atacar, mas os peregrinos cristãos mais pobres aproveitaram para iniciar acções de saque.

Massacre


Na manhã de 12 de Dezembro, a guarnição da cidade negociou com Boemundo de Taranto e obteve a promessa de um salvo-conduto se optasse pela rendição. Mas quando acabaram por se render, os cruzados imediatamente inciaram o massacre da população.

O número de vítimas é geralmente aceite em cerca de 20.000, mas segundo o cronista curdo sunita Ali Ibn al-Athîr, foi de 100.000. Boemundo tomou o controlo das muralhas e torres, enquanto Raimundo IV de Toulouse controlava o interior da cidade, continuando a longa disputa desde o cerco de Antioquia sobre quem governaria estes territórios conquistados.

Ma'arrat não era uma cidade rica, como os cruzados pensaram, e a grave falta de provisões fez-se sentir durante o mês de Dezembro. Desgostados com a disputa política entre os dois príncipes, a maioria dos peregrinos desejava continuar o mais depressa possível a marcha em direcção a Jerusalém.

Mas enquanto os seus líderes atrasavam a cruzada e negociavam em Antioquia, alguns cruzados, vítimas da fome, recorreram ao canibalismo, alimentando-se dos cadáveres dos muçulmanos. Um ano depois, um dos comandantes cruzados escreveria ao papa Urbano II, explicando que as suas acções foram motivadas pela extrema escassez de alimentos: «Uma terrível fome atormentou o exército em Ma'arra, e impôs a cruel necessidade de se alimentar dos corpos dos sarracenos».

Em Ma'arra as nossas tropas cozeram pagãos adultos em caldeirões; impalaram crianças em espetos e devoraram-nas grelhadas.

— Gesta Tancredi in Expeditione Hierosolymitana, Rudolfo de Caen

Consequências

Depois de incendiar as casas e destruir as fortificações de Ma'arrat a 13 de Janeiro de 1099, a cruzada prosseguiu a marcha em direcção a sul. particularmente durante esta expedição, mas também nas cruzadas subsequentes, o peregrinos cometeram numerosas atrocidades contra as populações muçulmanas, judias e cristãs ortodoxas: execuções em massa, o catapultar das cabeças dos inimigos sobre cidades cercadas, exibição e mutilação de cadáveres nus dos muçulmanos e canibalismo, como neste caso.

Vários autores sugerem que o comportamento dos cruzados não se deveu necessariamente só à fome, mas à sua crença, nascida da intolerância religiosa, de que os muçulmanos estariam num nível de consideração abaixo dos animais. Este ponto de vista ficou expresso na crónica de Alberto de Aquisgrão: «os cristãos se esquivaram de comer não apenas os turcos ou sarracenos mortos, mas até mesmo cães…».

Estes eventos tiveram um forte impacto nos habitantes locais do Médio Oriente. Os cruzados agravaram ainda mais a sua prévia reputação de crueldade e barbarismo. Séculos mais tarde, continuariam a ser descritos como fanáticos e canibais na literatura árabe.



O Papa Urbano II, Oto de Chantillon, (Lagery, 1042 – Roma, 29 de Julho de 1099) foi o 159º Papa, e o seu pontificado decorreu entre 1088 e 1099. Era monge Cartuxo.


É conhecido por predicar a Primeira Cruzada no Oriente Próximo, embora tenha morrido antes da culminação desta com a tomada de Jerusalém. Também estabeleceu a Cúria Romana na sua forma actual.

Primeiros anos

Destacou-se como um dos mais firmes defensores da reforma gregoriana, tendo entrado em conflito com Henrique IV, Sacro Imperador Romano-Germânico, que o mandou encarcerar durante um breve período de tempo. Destacado para a Saxónia em 1085, encarregou-se de que a maioria das sedes fosse ocupada por clérigos partidários do Papa Gregório VII.

Já nessa altura começou a ser considerado como um dos possíveis sucessores de Gregório VII, embora à morte deste, em 1086, o eleito para lhe suceder tenha sido Desidério, abade de Montecassino, que dirigiu a Igreja de Roma sob o nome de Vítor III durante dois anos e com quem Oto de Lagery se tinha confrontado a princípio. Finalmente,

Oto foi eleito Papa por unanimidade em 1088, depois de um pequeno concílio celebrado em Terracina, uma região montanhosa situada a pouca distância de Roma. Diz-se que tanto Gregório VII como Vítor III, com quem se tinha reconciliado, o propuseram como sucessor antes de morrerem. Na sua proclamação tomou o nome de Urbano II.


As cruzadas



Papa Urbano II apela às cruzadas.

No Concílio de Clermont-Ferrand (1095) Urbano II convocou os cristãos a uma guerra contra os "infiéis" muçulmanos, a fim de reconquistar Jerusalém. Iniciaram-se assim as cruzadas, expedições militares que partiam da Europa cristã a fim de combater os muçulmanos no Oriente.

Os participantes consideravam-se "marcados pelo sinal da cruz" e bordavam a cruz na roupa. Essas expedições ocorreram por vários motivos:

A esperança de obter a salvação eterna,pois a igreja prometia o perdão dos pecados;

O desejo de melhorar a vida. Na Europa havia muitos pobres e famintos, pois a população crescia, e a produção de alimentos não atendia a necessidade do povo;

Obter riqueza no Oriente. Havia muitos nobres sem terras,pois na época a herança cabia somente ao irmão mais velho;

Os mercadores europeus queriam aumentar o comércio com o Oriente e obter privilégios nas cidades conquistadas pelos cruzados;

O Papa esperava unir de novo todos os cristãos, pois a igreja estava dividida em igreja do ocidente e igrejas do oriente.

A cristianização da Sicília e da Campânia

Quase tão ambiciosa como a proclamação da Primeira Cruzada a Oriente foi a política de Urbano II de cristianizar o sul da Península Itálica e da Sicília. Esta cristianização não foi precisamente tal na realidade, já que a maioria dos habitantes destas regiões já eram cristãos, se bem que não reconhecessem o Patriarca de Roma mas o Patriarca de Constantinopla e seguiam o rito grego em vez do latino. Na Sicília, depois de vários séculos de domínio muçulmano até à conquista pelos normandos em 1061, existia também uma pequena comunidade islâmica.

O processo consistiu sobretudo numa substituição da influência da Igreja Ortodoxa na zona pela Igreja Romana, objectivo que Urbano II conseguiu graças às suas boas relações com os normandos que administravam essas terras.


Fonte - Enciclopédia livre

Como ficou relatado, não foram os Arábes que criaram as cruzadas, ou desejaram, alguma vez, converter os católicos ao islamismo, tudo começou graças ao Papa Urbano II e seus sucessores, cometendo os mais crimes da história da igreja, será para perguntar se os tais defensores da moral, e me referido concretamente aos Estados Unidos da América, não condenam estes actos?

Na Europa, e todos devem estar bem lembrados existiu a Inquisição, e quem eram os juiízes e porque assim actuavam? Tudo em nome da igreja católica, seus juízes eram padres, que cometeram enormes crimes contra a humanidade, e ainda tem o desplante de apregoar moralidade?

Se já naqueles tempos havia a ganância pelo poder, tendo até havido dois Papas, tudo para terem o poder e enriquecerem, levando uma vida de luxo, tudo em nome da religião.

A igreja parou com as guerras, com os massacres, mas vive na opolência, ao contrário que Jesus praticava, como se sabe os crimes de pedofilia praticados por imensos sacerdotes, não são levados a julgamento, como se esses criminosos estejam acima das leis, enfim, quem manda pode. Nos dias de hoje, são os americanos, que em nome da defesa nacional e da istabilidade mundial continuam a cometer as maiores barbaridades e a invadir países, que não compartilham das mesmas ideias que eles, e condenam os outros por crimes contra a humanidade,

Matam a torto e a direito, alegando tudo em nome da segurança nacional, então que protejam o seu território e deixem os outros países em paz, se eles têm problemas que os resolvam, e não serem invadidos por tropas estrangeiras, que até dizem God Bless USA.

Hipócrecia política nada mais, mas o reinado dos Ianques está chegando ao fim e o ajuste de contas esse virá um dia, e os culpados pelos massacre serão levados à barra dos tribunais.



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