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segunda-feira, janeiro 31

O REINO DO BUTÃO - anti-tabagismo




A bandeira nacional está dividida diagonalmente desde a esquina inferior esquerda até à esquina superior direita, formando assim dois triângulos. O superior amarelo e o inferior cor-de-laranja. Ao centro está um dragão branco olhando para o exterior da bandeira.

O dragão apresentado na bandeira, Druk o dragão do trono, representa o nome do Butão em tibetaniano, que é "A Terra do Dragão" (Druk Yul). O dragão possuí joias nas suas garras que representam a abundância. O amarelo por sua vez representa a monarquia secular e o laranja a religião budista.


O brasão de armas mantém vários elementos da bandeira do Butão, ligeiramente diferentes dos originais, e contém muito simbolismo budista. A designação oficial é: "O emblema nacional, contido num círculo, é composto por um duplo diamante-raio (dorji) colocado acima de um loto, encimado por uma joia e emoldurado por dois dragões. O raio representa a harmonia entre o poder secular e o poder religioso. hino nacional do Butão. Com música de Aku Tongmi e letra de Gyaldun Dasho Thinley Dorji, foi adoptado em 1953.Fonte - Pesquisa na enciclopédia livre

O lótus simboliza pureza, a joia manifesta o poder soberano, e os dois dragões, macho e fêmea, defendem o nome do país que proclama com a sua grande voz, o trovão".




O Butão (em butanês  Druk Yul, "Terra do Dragão") é um pequeno e fechado reino nos Himalaias, encravado entre a China, a norte e oeste, e a Índia, a leste e sul. A sua capital é Thimphu.

História

Mosteiro Taktshang (Ninho do tigre).

A tradição situa o início da sua história no século VII, quando o rei tibetano Songtsen Gampo construiu os primeiros templos budistas nos vales de Paro e de Bumthang. No século VIII, é introduzido o budismo tântrico pelo Guru Rimpoché, "O Mestre Precioso", considerado o segundo Buda na hierarquia tibetana e butanesa.

Os séculos IX e X são de grande turbulência política no Tibete e muitos aristocratas vieram instalar-se nos vales do Butão onde estabeleceram o seu poder feudal.

Nos séculos seguintes, a actividade religiosa começa a adquirir grande vulto e são fundadas várias seitas religiosas, dotadas de poder temporal por serem protegidas por facções da aristocracia.

No Butão estabeleceram-se dois ramos, embora antagônicos, da seita Kagyupa. A sua coexistência será interrompida pelo príncipe tibetano Ngawang Namgyel que, fugido do Tibete, no século XVII unifica o Butão com o apoio da seita Drukpa, tornando-se no primeiro Shabdrung do Butão, "aquele a cujos pés todos se prostram". Ele mandaria construir as mais importantes fortalezas do país que tinham como função suster as múltiplas invasões mongóis e tibetanas.

O relato da época foi feito por Estêvão Cacella, o primeiro europeu a entrar no Butão. Este missionário jesuíta português, que viajou através dos Himalaias em 1626, encontrou-se com o Shabdrung Ngawang Namgyel e no fim de uma estadia de quase oito meses escreveu uma longa carta do Mosteiro Chagri relatando as suas viagens.

Este é o único relato deste Shabdrung que resta. A partir do seu reinado estabeleceu-se um sistema político e religioso que vigoraria até 1907, em que o poder é administrado por duas entidades, uma temporal e outra religiosa, sob a supervisão do Shabdrung.

Desde sempre que o Butão só mantinha relações com os seus vizinhos na esfera cultural do Tibete (Tibete, Ladakh e Sikkim) e com o reino de Cooch Behar na sua fronteira sul. Com a presença dos ingleses na Índia, no século XIX, e após alguns conflitos relacionados com direitos de comércio, dá-se a guerra de Duar em que o Butão perdeu uma faixa de terra fértil ao longo da sua fronteira sul.

Ao mesmo tempo, o sistema político vigente enfraquecia por a influência dos governadores regionais se tornar cada vez mais poderosa. O país corria o risco de se dividir novamente em feudos.

Um desses governadores, o "Penlop" de Tongsa, Ugyen Wangchuck, que já controlava o Butão central e oriental, conseguiria dominar os seus opositores de Thimbu e, assim, implantar a sua influência sobre todo o país. Em 1907 seria coroado rei do Butão, após consultas ao clero, à aristocracia e ao povo, e com a aliança dos ingleses. Foi assim criada a monarquia hereditária que hoje vigora.

Geografia


Mapa topográfico do Butão.


O Butão é uma nação muito montanhosa, de interior, situada na Ásia. Os picos do norte atingem mais de 7.000 m de altitude, e o ponto mais elevado é o Gangkhar Puensum, com 7.570 m, que nunca foi escalado. A parte sul do país tem menor altitude e contém vários vales férteis densamente florestados, que escoam para o rio Bramaputra, na Índia.

A maioria da população vive nas terras altas centrais. A maior cidade do país, a capital Thimphu (população de 50.000 habitantes), situa-se na parte ocidental destas terras altas. O clima varia de tropical no sul a um clima de invernos frescos e verões quentes nos vales centrais, com invernos severos e verões frescos nos Himalaias.

Demografia

  • A comunidade monástica, a liderança da qual veio da nobreza;
  • Os empregados civis leigos, que dirigiam o aparato governamental e
  • Os agricultores, a maior classe, que vivia em aldeias autossuficientes.

Política

O Butão e a Tailândia são os últimos reinos budistas do mundo.

Símbolos nacionais


O Vale Haa, na província de Haa.


A bandeira nacional está dividida diagonalmente desde a esquina inferior esquerda até à esquina superior direita, formando assim dois triângulos. O superior amarelo e o inferior cor-de-laranja. Ao centro está um dragão branco olhando para o exterior da bandeira. O dragão apresentado na bandeira, Druk o dragão do trono, representa o nome do Butão em tibetaniano, que é "A Terra do Dragão" (Druk Yul). O dragão possuí joias nas suas garras que representam a abundância. O amarelo por sua vez representa a monarquia secular e o laranja a religião budista.


 
Subdivisões



Distritos do Butão.
  1. Bumthang
  2. Chukha
  3. Dagana
  4. Gasa
  5. Haa
  6. Lhuntse
  7. Mongar
  8. Paro
  9. Pemagatshel
  10. Punakha
  1. Samdrup Jongkhar
  2. Samtse
  3. Sarpang
  4. Thimpu
  5. Trashigang
  6. Trashiyangste
  7. Trongsa
  8. Tsirang
  9. Wangdue Phodrang
  10. Zhemgang


Economia

Em 2004, o Butão foi o primeiro país do mundo a banir o fumo e a venda de tabaco.

Cultura


O estádio Changlimithang durante uma apresentação.


A cultura do Butão já foi definida como sendo, simultaneamente, patriarcal e matriarcal e o membro que detém a maior estima é considerado o chefe da família. O Butão também já foi descrito como tendo um regime feudal e caracterizado pela ausência de uma forte estratificação social.
Nos tempos pré-modernos existiram três grandes classes:
  • A comunidade monástica, a liderança da qual veio a nobreza;
  • Os empregados civis leigos, que dirigiam o aparato governamental;
  • E os agricultores, a maior classe, que vivia em aldeias autossuficientes.



Foi neste pequeno país budista e o primeiro e único país do mundo que aboliu a venda e consumo de tabaco, que esta história se passou, como foi referido através da imprensa internacional:


Monge arrisca cinco anos de prisão por quebrar lei anti-tabagista


O monge budista foi o primeiro apanhado a quebrar a estrita lei anti-tabagista do Butão e enfrenta agora uma pena de cinco anos de prisão. Este foi o primeiro caso detectado no país, desde que a lei que entrou em vigor em Janeiro. O Butão situado nos Himalaias, entre a China e a Índia, pretende tornar-se na primeira nação sem tabaco.

 O monge budista é acusado de consumo e contrabando de tabaco, após terem sido encontrados 72 pacotes de tabaco de mascar, dos quais não tinha recibo. De acordo com a lei do Butão, os fumadores só podem importar 200 cigarros ou 150 gramas de outros produtos de tabaco por mês, dos quais têm que apresentar recibo, quando abordados pela polícia.

O jovem, de 24 anos, alega que adquiriu na fronteira da Índia para uso pessoal, mas que desconhecia a nova lei, de acordo com a Reuters.

Aos olhos dos butaneses, o acto de fumar é considerado mau karma e, como tal, não existe tabaco à venda desde 2005.

Fumar em privado não é ilegal, mas a nova lei prevê que os polícias possam entrar nas casas e pedir recibo, caso lhes cheire a tabaco. Quem não provar que os cigarros são importados ou for apanhado a vender ou comprar tabaco no comércio local, enfrenta cinco anos de prisão.

A venda ilegal de cigarros, outrora a maior fonte de rendimento para o comércio mais pequeno, é agora quase inexistente. Os comerciantes afirmam que é muito difícil esconder tabaco dos cães pisteiros, usados desde 2005.




Quando o vicío aperta, não escolhe pessoas, nem religiões.


Um comentário:

Pedro Coimbra disse...

Nem tanto ao ,mar, nem tanto à terra.
Não tenho nada contra os fumadores.
Desde que não obriguem os outros a fumar, também não pretendo obrigá-los a deixar de fumar.