o mar do poeta

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sábado, setembro 22

O SAPATEIRO E O CINTO


Faz alguns que tinha comprado num Centro Comercial na Tailândia, um cinto de marca, porém os furos do mesmo não tinha a minha medida de cintura, pelo que colooquei o cinto num cabine e dele me esqueci, até ao dia em que o cinto que uso, faz já muitos anos, os furos estavam já largos demais, pelo que não dava para apertar.

Um dia, quando fui almoçar ao Café de Coral sito na Avenida Horta e Costa, levei o cinto e irei ver se encontrava algum sapateiro de rua, já que oficinas digas desse nome já não existem em Macau faz tempo.

Depois de almoçar segui Avenida abaixo e lá encontrei um sapateiro de rua, estava atarefado, quando lhe pedi para fazer alguns furos no cinto, respondeu, 3 patacas (3 centimos do euro) por cada furo, concordei com o preço e fiquei aguardando que o sapateiro cola-se os sapatos que tinha entre mãos.

Terminado de colar os sapatos, olhou para mim, com cara de poucos amigos e me pediu o cinto, nâo tinha máquina para o efeito, usou sim um tipo de bornel, e lá fez o furo onde tinha indicado, exprementei o cinto, ainda me ficava largo demais, pedi para fazer mais dois furos, ao mesmo tempo que o informei que o meu sadoso pai tinha sido sapateiro, este olhando bem para a minha cara, e sendo eu um europeu, ficou admirado e com um sorriso nos lábios lá fez os furos, usando a tal tipo de bornel e com um martelo lá fez os furos, eram 9 patacas (90 centimos do euros), dei-lhe 10 patacas para pagar e lhe disse para ficar com o troco, o sapateiro, riu-se e não me aceitou o dinheiro alegando ter tido a honra de conhecer um filho de um colega de trabalho.

Esta estória me fez lembrar um antigo funcionário das Oficinas Navais, ele era mestre na construção de navios, mas como era chinês, tinha que receber ordens do Engenheiro Maquinista Naval, e era sempre rebaixado peraqnte os portugueses.

Como era funcionário público tinha direito a licença graciosa, mas sempre dela disfrutou gozando-a em Macau, porém uma das vezes e nacompanhia de mais alguns amigos, foram a Portugal no gozo da referida licença, e por lá andaram os 150 dias gozando a vida.

Quando regressou a Macau mostrava a toda a gente uma foto, que tinha mandado ampliar, estava ele sentado numa refastelada cadeira e um engraxador, português que exercia o seu mister lá para os lados do Rossio, a engraxar-lhe os sapatos, dizia ele, afinal aqui dizem que sou um engraxador, mas aqui está a prova, em Portugal sim existem muitos.




5 comentários:

Unknown disse...

A simpatia gera simpatia e tu conseguiste que o sapateiro te atendesse.
Fazer furos é fácil. Esta semana fiz mais de quatro num cinto de um familiar e não ficaram ada mal.

O preço foi exactamente igual a esse - simpatia.

Arménio Cruz disse...

Pois é Padrinho, então ai também se aperta o cinto?! hehheheheheh... Aqui não chegavam todos os sapateiros!...
Um grande abraço.

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimado Amigo e Ilustre Romancista Luis Coelho
Simpatia gera simpatia, os chineses são muito psicologos.
Fazer é fácil quando temos material para o poder fazer.
Boa, mas vós aí em Portugal tendes instrumentos para tal.
Simpatia com simpatia se paga.
Abraço amigo

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimado Afilhado Arménio,
Não, aqui só se apreta o cinto quando os vigarista parlamentares e governamentais de Portugal assim o desejam.
É bem verdade no que diz, mas parece que os sapateiros não fazem parte do parlamento, e os tipos esses igualmente estão precisando de apertar o cinto, mas parece ser o contrário, esses filhos da p... são todos me... do mesmo penico, para esses lhes é pago os subsidios.

De Bangkok com amizade, um abraço amigo

António Manuel Fontes Cambeta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.