o mar do poeta

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sábado, fevereiro 28

CAMPO BANG KUNG


O articulista junto ao tempo
Um monje sentado, benzendo todos os fiéis que a ele se dirijam.




Uma casa em estilo chinês, podendo-se ver-se estar sendo vigiada por elementos chineses, que pertenciam ao campo.








Estátua do Rei Taksin



















Um guerreiro


















O articulista praticando artes marciais










BANG KUNG CAMP

Em 1767, a Reino de Ayutthaya sofreu a sua segunda derrota contra o exército birmanês. O Rei Taksin, o Grande, deslocou uma força naval para o distrito de Kung, sito perto da cidade de Mae Klong, este era o local utilizado pelo exército birmanês. O local Kung foi fortificada com uma muralha. Uma unidade de guarda do campo foi formada pela popução chinesa vindos de Rayong, Chon Buri, Ratchaburi e Kanchanaburi. Isto resultou na formação do Campo de Kung que é chamado Campo chinês de Kung. Rei Taksin, o Grande. denominado os guardas Thahan Phakdi Asa, que traduz a soldados leais voluntários.

Em 1768, o Rei Angwa da Birmânia dirigiu o seu exército para Kanchanburi afim de cercar o Campo de Kung. Contudo, o Rei Taksin, o Grande, junto com Phra Maha Montri derrotaram o exército birmanês. Isto foi a primeira vitória contra as forças birmanesas depois do estabelecimento de Thon Buri pelo Rei Taksin, o Grande. A vitória elevou a moral do povo tailândes proferindo vários ataques ao exército invasor, e desde essa altura o reino do Sião se consolidou.

Depois disto, o Campo de Kung não foi usado durante quase 200 anos. Em 1967, o Ministério da Educação estabeleceu no local um campo de Observação, em honra do Rei Taksin, o Grande. Um relicário também foi erigido para honrar o Rei.

Hoje, quando se visita o campo pode ver um pequeno mosteiro, também conhecido como a sala de ordenação, dentro dos arredores do campo. O mosteiro é vulgarmente chamado Bot Luangpho, que segundo os historiadores foi construído durante o período do Reino de Ayutthaya. O mosteiro é coberto com 4 espécies de árvores de figo e isto incitou a gente de chamá-lo Bot Prok Pho, que significa a sala de ordenação coberta com árvores de Bodhi.

No local, que tive o previlégio de conhecer, ontem dia 5 de Dezembro de 2008, pude verificar que o Campo de Kung, serviu como base naval, como fortaleza do exército e onde monjes budistas praticavam e ensinavam às tropas, artes marciais.

O templo em si, é impressionante, totalmente coberto por uma enorme árvore, no seu interior encontram-se algumas imagens do Lord Buda e o local é visitado por milhares de fiéis.


FRUTOS GIGANTES


UM ESCRITÓRIO EM FORMA DE ANANAZ, NA CIDADE DE CHANTANBURI
MANGOSTE OUTRO DOS FRUTOS TROPICAIS QUE SE ENCONTRA COM FREQUÈNCIA AQUI NA TAILÂNDIA.


RABUTAN OUTRO FRUTO TROPICAL

UM DURIEN ENORME, ESTE FRUTO É O REI, PORÉM O SEU CHEIRO É TÃO ACTIVO QUE É PROIBIDO TRANSPORTA-LO NOS AVIÕES E PROIBIDA A ENTRADA NA MAIORIA DOS HOTÉIS.

sexta-feira, fevereiro 27

ETNIA MOMBA


Esta pequena etnia com cerca de 8 900 pessoas, vive no distrito de Medog e Cona, na Região Autónoma do Tibete.

GÔIÂNIA






































































Em S.Paulo fui embarcar
a companhia aérea Gol utilizei
para Goiânia ir visitar
e 738 reais eu paguei

Em Santa Genoveva saí
tendo um táxi apanhado
para a cidade então segui
e no Castro’s Park hospedado

Bonita, limpa e organizada
foi a cidade que encontrei
tendo até roça asfaltada
muitos parques e palmeirais encontrei

Povo com sotaque caipira
tocando música sertejana
que no teatro eu ouvira
cantata provinciana

Pelo parque da Vaca Brava passeei
e Mutirama foi visitar
na montanha russa e roda gigante andei
e bela paisagem pode avistar

Na Praça Cívica então vi
o monumento à 3 raças dedicado
na Feira do Sol me perdi
por não ir acompanhado

Pelo Shopping Flamboyant passei
algumas compras fui fazer
na Catedral então rezei
e no Chão Nativo fui almoçar

Comida típica no fogão de lenha
que os goianenses bem sabem preparar
com farinha trazida lá da azenha
belo pão nos foi dado a provar

Adorei o frango com pequi
bem como o empadão
cerveja bem fresca bebi
mais um valente bifão

E como diz a tradição
que Goiás tem muita fama
não perdi a ocasião
e levei uma moça para a cama

Assim me despedi
desta bonita cidade
e para S.Paulo então segui
levando dentro de mim não corno, mas sim saudade।
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IGUARIAS EXÓTICAS









UM BOLO FEITO DE NABO QUE NA ÉPOCA FESTIVA DA PASSAGEM DO ANO CHINÊS, FAZ PARTE DA EMENTA DE TODOS OS PRATOS CHINESES.



ABALONA, UM MARISCO ALTAMENTE CARO, MUITO APRECIADO PELOS ASIÁTICOS E NÃO SÓ!...




UM MARISCO EXÓTIO, JAPONÊS, CHAMADO LIU SAM





BARBATANA DE TUBARÃO, QUE É SERVIDA EM SOPA, CUJO PREÇO IGUALMENTE É CARO.






NINHO DE ANDORINHA, DA TAILÂNDIA, QUE SEGUNDO OS ESPECIALISTA SÃOS OS MELHORES, É SERVIDO EM CALDO ADOCICADO, E DIZEM TER PROPRIEDADES REJUVENATIVAS.







NESTE HOTEL ONDE RECOLHI ESTAS FOTOS, O EMPEROR CASINO HOTEL, MOSTRA ESTA PEQUENA EMENTA SOBRE ESTES EXÓTICOS PRATOS, COMO SE PODE VER, COMEÇANDO POR CIMA, UMA SOPA DE BARBATANA DE TUBARÃO CUSTA SOMENTE 500 PATACAS, CERCA DE 50 EUROS, NA FOTO DO MEIO UMA TIGELA DE CALDO DE NINHO DE ANDORINHA, PREÇO 389 PATACAS, CERCA DE 38 EUROS E POR FIM, EM BAIXO UMA ABALONA, PREÇO 380 PATACAS.


QUEM DESEJAR PROVAR ESTAS BELAS IGUARIAS É DE APROVEITAR, VINDO AO EMPEROR HOTEL CASINO, MACAU, CUJO RÉS DO CHÃO, TODO O PISO ESTÁ RECHEADO DE BARRAS DE OURO.

FUNERAL TAILÂNDES







Encontrava-me em Macau no mês de Junho de 2007, quando a minha companheira me telefonou de Bangkok informando que seu avô materno, se encontrava mal e que dentro de dias iria, com uma sua tia, visita-lo na aldeia de Ban Mea Long, aldeia esta que fica localizada perto da cidade de Lampang.


O avô pessoa a quem eu admirava imenso e com ele tinha convivido imensas vezes, era uma pessoa simples, já com 83 anos de idade, pessoa que sempre trabalhou as suas terras, uma pessoa hulmide que formou a aldeia onde habitava.

Informei a minha companheira para não ir com a tia, pois esta tencionava ir de autocarro, viagem essa cansativa e morosa, pois levaria 14 horas de viagem. Disse-lhe que no dia 28 de Junho eu iria a Bangkok e de lá então iria-mos de avião até à cidade de Lampang.

Fiz a viagem na companhia Air Macau, tendo chegado a Bangkok pelas 20.30 horas e dali seguimos para casa. No dia seguinte recebemos um telefonema da mãe de minha companheira informando que seu pai tinha falecido e que a cremação se realizaria no dia 5 de Julho.

Nesse mesmo dia comprei os bilhetes de avião na companhia aérea PB e no dia seguinte bem cedo seguimos para Lampang.

À nossa espera estava uma cunhada nossa que nos transportou para a aldeia que dista ainda 32 quilometros da cidade. Depois de descarregar-mos as malas seguimos para casa de um tia onde o avô vivia na intensão de ver o corpo do avô e lhes prestar-mos as últimas homenagens, porém o corpo já tinha sido colocado dentro de uma urna frigorifica, sobre a qual se encontravam vários ramos de flores.

Um nosso tio retirou as flores e como a urna tinha uma tampa de vidro podemos assim ver o corpo do avô.

O recinto estava cheios de familiares e amigos, havia imensas cadeiras e mesas, na área em que se encontrava a urna foi erguido defronte, um altar onde diáriamente quatro bonzos budistas iriam orar.

Eu nunca tinha assistido, ao vivo, aos rituais funerários tailândeses, este seria diferente dos muitos que tinha visto já através da televisão, pois o falecido vivia numa aldeia e os rituais eram bem diferentes.

Muitas pessoas, amigas e familiares, trabalhavam nos preparativos nas cozinhas improvisadas ao ar livre nos terrenos circundantes à casa.

Um dos tios fazia os apretechamentos eléctricos colocando vários autofalentes e fazendo ligações de fios terminando com a montagem de ecran gigante de televisão.

Nesse mesmo dia falecia o chefe da aldeia, e o bonzo que havia na aldeia teve que recorrer a outros mosteiros solicitando a vinda de mais três bonzos para realizarem os rituais budistas.

Nessa noite, e após terem ido orar a casa do outro senhor falecido, só pelas 21 horas, compareceram os quatro bonzos. As pessoas que assistiam ao velatório encontravam-se sentadas tendo já ali jantado e assistiam a um programa de televisão, e cujo se encontrava bem alto.

O altar tinha a imagem do buda e estava bem ornamentado, da urna onde se encontrava o corpo do falecido saiu um fio branco que atravessa todo o recinto e que ia terminar num novelo que se encontrava no altar.

Na foto acima inserida podem-se ver os bonzos, ou monjes, como em Portugal se chamam, sendo o primeiro da esquerda o único bonzo da aldeia, pode-se ver também o fio branco defronte dos monjes, que ia até defronte do último monje.
No altar havia várias velas, e o monje da aldeia me pediu para acender uma, isso era uma honra concedida a poucos, e eu o fiz com todo o carinho que tinha pelo avô, de seguida as outras velas de cor amarelada, foram acessas por duas pessoas da familia.

Começaram as orações, que mais pareciam cânticos, na língua Pali, ou seja a linguagem usada pelos budistas. Os rituais iam seguindo-se chegado a altura de alguns familiares e amigos se dirigirem até junto do monjes e fazerem ofertas as quais eram colocadas em cima do fio branco, o que significava que as mesmas eram ofertadas ao falecido, depois metiam um envelope branco, com algum dinheiro, dentro da sacola que os bonzos transportavam, assim como, em bandejas eram oferecidos alguns alimentos embalados, que metiam igualmente dentro das sacolas dos monjes, estas eram facultativas, pois o último monje ainda bem jovem nada recebia.

Após esta cerimónia o fio branco era de novo enrolado no novelo e ali ficava junto do altar.

Os monjes recolhiam aos seus mosteiros e os amigos e familiares ali ficavam no velatório comendo e bebendo, ouvindo música ou assitindo a alguns programas de televisão. A foto do falecido estava rodeado de flores e luzes coloridas.

Estes rituais se prolongaram por mais cinco dias, comida essa não faltava assim como bebidas que as pessoas bebiam e abusavam, provocando imensas bebedeiras.

Como se pode ver nas fotos acima inseridas, a da esquerda alguns professores da escola local que vieram prestar a última homenagem ao falecido, na da direita familiares e amigas preparando comidas.

No noite anterior à cremação a urna foi colocada dentro de uma casa de papel cujo interior da mesma era formada por cadeiras, como se pode ver na foto abaixo inserido.

Nestes rituais não se usam flores naturais mas sim artificiais e em vez de se ofertarem flores, alguns dos familiares fazem a oferta de molduras, como se pode ver na foto do aldo direito, tendo estas a particularidade de serem compostas por colheres e flores de papel.

O corpo do falecido foi retirado da urna frigorifica para uma urna convencional, e colocada no interior da casa de papel, os familiares seguravam o fio que saía da urna, até a mesma ser colocada no interior da casa de papel.

A seguir foram colocados na casa de papel todos os pretences que o falecido usava, entre eles uma televisão e uma ventoinha, que foram ambas ligadas, segindo-se depois as orações proferidas pelos momje da aldeia.

Nessa noite, os comes e bebes prosseguiram tendo até sido contratada uma orquesta tailandesa para abrilhantar o velatório, senfo também lançados alguns foguetes, havendo até uma cascata de fogo, sendo depois lançados para o ar um tipo de balões, que ao se acenderem as tochas ficavam mais leves que e ar e subiam aos céus, foram largados 33.

Despois destes rituais teve inicio as últimas orações, que foram diferentes das dos dias anteriores, as mesmas foram proferidas por sete monjes. Nesse dia dois dos filhos do falecido um neto e alguns familares se converteram em monjes, como se pode ver na foto a seguir.

Terminadas as orações os monjes recolheram aos seus mosteiros ali ficando os seus familiares convertidos em monjes e muitos familiares e amigos que permaneceram no velatório, comendo e bebendo.

Na tarde do dia seguinte, a casa de papel que continha a urna foi colocada numa viatura que a levaria para um local na selva, que ficava ainda distante da aldeia, para ser cremada, visto que na aldeia não haver crematório eléctrico.

Antes da casa ser transportada foram tiradas algumas fotos com os familiares. Os mesmo vestiam camisolas de cor preta ou enverganvam vestidos de cor preta. Na foto acima representada podem ver-se, os monjes filhso e netos do falecido e em baixo as filhas e netas, na qual está está o articulista.

No local da cremação foi igualmente montado um altar e ali realizadas as últimas orações, como se pode ver na foto, após estas realizadas foi então cortado o fio branco que ligava a urna ao altar.

A viatura que transportava a casa de papel onde se encontrava a urna, foi empurrado pelos familiares até junto ao local onde iria ser cremado o corpo.
À cerimómia assitiram alguns altos dirigentes governamentais da vila de Kok Ká e a seu presidente foi-lhe dada a honra de acender o rastilho que iria provocar a cremação. Foi um espectáculo interessante e super ritmico, visto que após ter acendio o rastilho, saia dele uma flecha de iria de encontro a umas armações de pirotécnia que fez explodir alguns foguetes e depois passando para afase seguinte, onde alguns bambus, contendo explosivos eram incendiados e provocando um som muito estridente, de seguida a chama seguia até à casa de papel onde a urna se encontrava e se incendiava, como se podem ver nas fotos a seguir.

Terminava desta forma a cremação, no dia seguinte, o filho mais velho se deslocou ao local onde recolheu as cinzas e os ossos os colocando dentro de uma jarra, sendo depois a mesma enterra no quintal da casa onde tinha vivido o falecido.

As cerimónias religiosas foram celebradas em seis dias, porém na Tailândia, por vezes, as ceminórias religiosas se processam de maneira diferente, dias após o falecimento o corpo é colocado dentro de uma urna com o braço direito de fora mas mesma, e apoiando-se numa salva com flores e água benta. Os familiares e amigos ao lhe prestarem a última homenagem derramam sobre a mão do falecido um pouco de água benta.

Os monjes depois escolhem o dia propicio para a cremação o que poderá levar anos, nesse entretando o corpo é colocado numa urna frigorifica.

A cremação essa é realizada em mosteiros com crematórios eléctricos e a ignição da chama é acionada, conforme a classe social do falecido, por pessoas de alta patente ou por elementos da realeza.

VIAGENS PELA TAILÂNDIA



Locais assinalados no mapa onde o articulista já esteve, neste belo país que é a Tailândia.

OCLÉSIO CASCAES - GAUCHO






OCLÉSIO CASCAES – GAUCHO

Para um amigo gaucho
estas quadras vou dedicar,
vou encher o meu cartucho
e este poema começar

Vive na cidade de Esteio
lá no Rio Grande do Sul
terra onde gaucho faz seu meio
onde o céu é mais azul

Esteio era fazenda de Areião
bem perto de S. Leonardo
padroeira, Maria Imaculado Coração
e por Deus abençoado

Seu nome Oclésio Cascaes,
tem origem lusitana
é forte como os demais
alma lusa, gente sana

Homem de boas maneiras
trabalhador sem igual,
sua emprensa é das primeiras
seu trabalho não tem rival

Brasileiro e dos melhores
na vida vai labutando
tem botado muito suor
e na vida vai singrando

Tem alguma afinidade
pois perto de Porto Alegre estamos
havendo também outra cidade
que Portalegre lhe chamamos

Esta, mar ela não têm
e ao Alentejo pertence
é do sul como convêm
é terra portalegrense

Bem distantes nós estamos
fisícamente separados,
mas bem perto nos encontramos
à net estamos ligados

De Rambo vesti o vi
com dois filhos juntamente,
então aí os confundi
mas eles são boa gente

Tementes a Deus eles são
sendo pessoas geniais,
abrem seu coração
são amigos, são leais

Bela família lá tem
e ristamente formados,
seus filhos são o seu bem
queridos e sempre amados

Parca é a minha letra
mas feita com dedicação
é escrita cá do Cambeta
saída do coração

Aqui fica pois esta prosa
em terras do oriente escrita
a amizade assim se prova
quando em Deus se acredita

Lhes envio um forte abraço
para si e familiares
termino não mais o maço
cá fico com meus penares

BANGKOK - SUNGAI KOLOK


SUNGAI KOLOK


Estação em Sungai Kolok




























Tinha chegado a Bangkok no dia 22 de Novembro de 2000 e através do consulado tailândes em Hong Kong, obtive um visto turista válido para poder permanecer na Tailândia por 60 dias, podendo depois recorrer aos serviços de migração em Bangkok para solicitar uma extensão por mais 30 dias. Consegui portanto ficar na Tailândia até 19 de Fevereiro do ano seguinte.

Antes de terminar a validade do visto , desloquei-me aos escritórios da firma “Express Sabai” para uma vez mais recorrer aos seus préstimos, como o tinha feito anteriormente em Janeiro de 1999 e em Fevereiro de 2000.

A firma em questão era propriedade de um suiço, que a explorava assistido pela sua esposa tailândesa.

Através de um anúncio num dos diários de lingua inglesa, o Nation e Bangkok Post,tomei conhecimento desta empresa. Prestava serviços na obtenção de vistos de turista, trabalho e de outras cetegorias, afirmando ser a sua actividade absolutamente legal.

O preço de um visto de turista dependia do número de entradas, indo de 3 000 a 9 000 baths. Tínha-mos que assinar o pedido de visto e deixar o passaporte e fotos.

A firma trataria do resto, junto das autoridades de migração na fronteira com a Malásia em Sadao, onde era aposto no passaporte o carimbo de saída pela migração tailandesa e na mesma povoação, a migração da Malásia colocava o carimbo de entrada. Através do consulado da Tailândia em Penang era solicitado o visto respectivo.

A seguir reverti-se esta operação com os serviços de migração malaios a caribarem a saída e os da Tailândia a entrada.

Tudo pronto, a firma enviava por correio expresso o passaporte ao seu proprietário. Como se vê era fácil e prático, não se necessitando sair do país para solicitar visto junto dos consulados tailândeses, nos países vizinhos.

Chegado ao local onde outrora se encontrava a firma Sabai, deparei com uma loja de venda de roupas para senhora. A sua proprietária informou-me a firma Sabai tinha sido encerrada pela polícia e seu proprietário sido preso.

Sai então em direcção a uma paragem de autocarros e no trajecto reparei numa tabuleta de um advogado informando tratar de casamentos, contas comerciais e legalização de visto de permanência.

Como o escritório ficava no rés do chão ali ao lado, entrei numa sala, com pouca iluminação os móveis velhos e sombrios. Havia duas secretárias,onde numa se encontrava uma senhora de meia idade, com uma pintura bastante pesada, talvez para encobrir as enormes rugas, que mesmo tapadas com bastante pó de arroz ou outro produto, eram ainda continuavam bem visíveis.

Perguntou-me o que me trazia ali e expliquei-lhe o que desejava,reparei que não era a advogada, mas sim assistente. Por telefone entrou em contacto com o advogado expondolhe o caso.

Depois, tapando o bocal do telefone , disse-me que iriam tratar do assunto sendo o custo de 12,000 bath’s.

Achei a quantia bastante exagerada e agradecendo acabei por sair do escritório.

Ainda entrei numa outra firma que anunciava igualmente os mesmos serviços. A moça que me atendeu não me soube responder e um sujeito ali presente, de má aparência e talvez empregado, disse-me que tratariam do caso.

Pela sua conversa em tailândes com a moça e aprecebi-me que também não sabiam nada mas pretendiam a quantia de 10,000 bath’s. Igualmente agradeci saíndo do escritório porque aquelas pessoas não me inspiravam confiança.

Recordei-me da firma Sabai, do seu professionalismo e eficácia, no regresso a casa.
Volvidos uns dias, estando de visita a casa de uma irmã de minha companheira, em conversa com um cunhado, funcionário dos caminhos de ferro, fiquei a saber que muitos estrangeiros iam de comboio até Sungai Kolok, cidade no sul da Tailândia que faz fronteira com a Malásia.

Seguiam depois até Kota Baru, na Malásia, onde existe um consulado tailândes e ali solicitavam a passagem de novo visto.Eu desconhecia todas essas coisas e esses locais, tive que recorrer a um mapa para localizar a cidade de Sungai Kolok.

Não via outra alternativa mais viável e barata. Teria que me ausentar da Tailândia e seria Sungai Kolok o próximo destino.

No dia 9 de de Fevereiro, pelas 15.10 horas, embarcava eu e a Ah Mui, minha companheira, na estação de Hualumpong, no expresso 37, com destino a Sungai Kolok, para tal tinha aquirido bilhetes em 1a. classe, para uma cabine privada.

Iamos optimamente instalados, o compartimento tinha ar condicionado, dois óptimos sofás camas, uma pequena mesa e lavatório.

O expresso largou pontualmente no horário, saindo lentamente da enorme estação, cheia de movimento de pessoas e comboios para outros destinos.

Era a minha segunda experiência em viagens de comboio pela Tailândia. A primeira tinha sido já há imenso tempo numa curta viagem até a Ayuthaya, com classe únicas e assentos de madeira. Agora era diferente, as instalações eram outras e a viagem duraria cerca de 20 horas.

O expresso apanhou a via sul e lá seguimos, atravessando um enorme adlomerado de barracas percárias e poças de água estagnada, por onde se podia ver por todo o lado crianças a brincar alheias aos perigos. Uma miséria semelhante a que observei em Macau. Sabia que em Bangkok existiam ainda zonas destas hoje totalmente irradicadas em Macau, mas era a primeira vez que via com os meus próprios olhos esta imensa miséria.

Pouco depois o expresso parou numa estação onde embarcaram alguns passageiros, demorou-se pouco tempo para atravessámos em seguida uma longa ponte. A partir deste momento a paisagem modificou-se, avistavam-se agora imensos campos de cultura com inumeras bananeiras, palmeiras e coqueiros.

O encarregado da carruagem bateu à porta, perguntado se desejavamos jantar. Respondendo afirmativamente, entregou-nos a ementa para escolhemos as refeições. Mais tarde iria buscar ao vagão restaurante o nosso jantar, duas cervejas e café e nos servir no compartimento.

Entertive-me a ler o jornal tendo o comboio ainda parado em algumas estações em que não prestei atenção.

Pelas sete da noite o empregado preparou a mesa e ali colocou os pratos com a comida. Jantámos, bebi o café e em seguida tomei banho visto as instalações sanitárias estarem providas de chuveiro. Regressei ao compartimento estava o encarregado da cabine a abrir o beliche superior, pôr os lençóis e cobertores, tudo em perfeito estilo.

Deitei-me no beliche superior, depois de ter trocado com a minha companheira, porque o som das rodas nos carris não me deixavam dormir. Adormecendo por fim, só acordei quando o sol entrou pela janela já nos encontrava-mos bem perto de Hat-Yai, onde a azáfama era grande, com muitos passageiros ali desembaram.

Na gare, varias vendedoras usando vestidos compridos pois eram islamitas, ofereciam os seus produtos.

Ali estivémos cerca de um quarto de hora antes de prosseguirmos viagem. Era a primeira vez que minha companheira e eu passava-mos por aqueles locais.

A paisagem tinha mudado e agora até onde nossa vista podia alcançar, só se viam árvores da borracha.

Corriamos entre fechada vegetação, tipo selva, indicando-nos que já estavamos perto do nosso destino, onde chegamos pelas 11.30 da manhã.

À saída da estação vários condutores de motos táxis procuravam passageiros desembarcados que quisessem usar os seus serviços. Fiquei observando alguns turistas a indagaram o preço para os transportar até à fronteira, que eram 20 baths.

Minha companheira e eu, cada um em sua moto, seguiu até aos servicos de migração tailândeses. Alí apresentamos os nossos passaportes e um agente informou minha companheira que seu passaporte tinha caducado, mas que podia ir até à Malásia, bastanto entregar nos servicos de migração malaios o seu bilhete de identidade.

Atravessámos, a pé, a ponte que separa a Tailândia da Malásia e apresentámo-nos nos serviços de migração malaios.

Preenchi o respectivo impresso de entrada, entreguei o passaporte e entrei para a sala dos serviços alfandegários. A Ah Mui deixava ali depositado o seu B.I. e veio ter comigo.

Não podia se deslocar para muito longe, podendo apenas passear ali pelas redondez.

Do outro lado da fronteira, além de uns três táxis ali parados e de umas poucas lojas, não havia mais nada.

A cidade de Kota Baru ficava ainda a 40 kms. de distância e minha companheira não podia lá ir. Ainda por cima era sábado pelo que resolvemos regressar à Tailândia.

A funcionária que nos atendeu eram bastante simpática, mas pouco eficiente, não conseguindo encontrar o B.I. Depois de vários telefonemas finalmente lá o encontrou.

Torna-mos a passar a ponte e nos serviços de migração tailadeses tendo o meu passaporte sido carimbado autorizando-me a ficar na Tailândia por mais 30 dias.

O Expresso que nos tinha trazido já tinha partido, pelo que pensámos ir à cidade e ali apanhar um autocarro para Narativate, donde seguiriamos de avião até Bangkok.

Recorremos aos serviços de um velho triciclo, conduzido igualmente por um individuo já idoso e disse-lhe para nos levar até à estação de autocarros. O velhote informou que não havia estação de autocarros naquela cidade, mas algumas companhias d usavam carrinhas no transporte de passageiros.

Disse-lhe para nos levar a uma, que se encontrava no centro da pequena cidade, se se pode chamar Sungai Kolok de cidade.

Ali perguntei ao funcionário qual o horário de saída da carrinha para Narativate, pois desejava seguir para lá e ali apanhar o avião para Bangkok. Informou-nos que o último avião de Narativate já tinha partido, pelo que sugeriu serguirmos para Hat Yai e dali apanharmos um vôo para Bangkok, já que ainda havia vários vôos nesse noite.

A viagem custava 300 baths por pessoa e a carrinha saíria dali pelas quatro da tarde.Paguei as passagens e como ainda tinhamos tempo, fomos almoçar a um restaurante ali perto.

Partimos para HaT Yai à hora marcada na companhia de mais cinco passageiros tendo a viagem demorado três horas.

Chegados ao destino, desembarcaram junto a um hotel quatro passageiros, tendo um já desembarcado numa vila próxima. Disse ao condutor para nos levar até ao aeroporto mas este pediu logo mais 50 baths, porque o aeroporto ficava ainda a uns trinta quilómetros.

Ao chegarmos, dirigimo-nos aos balcões da companhia aérea Thai-Inter, pedindo ao funcionário para marcar dois lugares na primeira viagem disponível.

Informou-me que para aquele noite como para o dia seguinte os vôos estavam todos com lotação esgotada. Havia um vôo às 14.50 horas, mas só com lugares em Busines Classe. Não tendo outra alternativa adquiri dois bilhetes para essa viagem.

Agora teria que arranjar alojamento para pernoitar. Fiz alguns telefonemas, mas todos os hoteis contactados estavam cheios. Resolvemos ir para a cidade e ali procurar hotel. Fomos num carro do aeroporto e após várias tentativas em vários hoteis, encontrámos quarto no Central Hat Yai Hotel, onde ficámos alojados por 480 baths.

Subimos ao quatro, tomamos um banho e saímos para jantar. As ruas tinham imenso movimento de viaturas e pessoas, os passeios estavam cheios de vendedores, havia de tudo e a procura era grande.

Milhares de turistas malaios deslocavam-se ali todos os fins de semana para fazerem compras, pois era muito mais barato do que na Malásia.

Compreendi então a razão porque os hoteis tinhas os quartos cheios. Jantámos e regressámos ao hotel, ligando o ar condicionado que começou a fazer um barulho enorme, vertendo imensa água.

Foi necessário solicitar a presença de um empregado para reparar a avaria. Depois sim, sem barulho nem água a pingar dormi uma noite confortavel.

No dia seguinte bem cedo saimos e fomos tomar o pequeno almoço, depois demos uma volta pela grande cidade e fizemos imensas compras que íamos pondo no quarto do hotel.
Almoçamos no trigésimo terceiro andar do Hotel Lee Garden, onde pela irrisoria quantia de 90 baths, cada, pudemos encher bem a barriga no bufet.

Tivémos ainda tempo de entar no centro comercial ali defronte onde minha companheira, modista por profissão, viu uma enorme tábua de passar a ferro e cujo preço era bastante barato pelo que acabou por comprar.

Saímos, e no rés do chão ficava a entrada de um hotel. Estando ali estava parado um carro, solicitámos o seu serviço para nos levar até ao aeroporto, passando primeiro pelo nosso hotel onde recolhemos a nossa bagagem..

Chegados ao aeroporto seguimos para a sala de espera, fomos até ao bar e entregámos as senhas que nos tinham sido fornecidas. A empregada em troca deu-nos duas coca-colas, era só o que se podia tomar. Ficámos aguardando a chegado do avião que chegou atrasado cerca de 50 minutos. Por fim subimos para bordo sentamo-nos nas confortaveis cadeiras de busines classe.

O avião era um airbus 300-600, e a hospedeira entregou-nos uma toalha perfumada e refrescante. Nada mais!...

Apertámos os cintos de segurança e levantamos vôo em seguida.. O dia esta óptimo e a viagem era curta, pois passada uma hora aterravamos no aeroporto em Dom Muang. Seguimos para num táxi.

Tudo tinha decorrido sem acidentes e fiquei logo planeando efectuar outra viagem, ainda sem destino marcado, no próximo mês.

Terminou assim algo inexperadamente, a primeira viagem relacionada com a aquisição de um visto. A próxima terá que ser melhor pensada para evitar alguns contratempos.

Nunca mais voltei a esta cidade, embora tivesse ido inumeras vezes á cidade de Hat Yai, mas sempre com algum receio, visto que os residentes do sul da Tailândia de origem muslin quer a independencia e como tal travam desde há anos uma guerrilha com o governo que causou já uns milhares de mortos.

A distãncia entre Bangkok e Sungai Kolok é de cerca de 1 200 kms.




















ARANYAPATHET - POIPET




Quem desejar passar uma temporada larga na Tailândia terá de resolver primeiro o problema da extensão do seu visto.

Os cidadãos portugueses podem ficar no reino da Tailândia por trinta dias sem necessidade de qualquer visto de permanência.

Passando eu sempre seis a oito meses neste país, tenho que me sujeitar a fazer primeiro um pedido de visto de turista, para prorrogar a permanência legal por mais noventa dias.

Passado este prazo, tenho que me ausentar do território, para reentrar em seguida, começando a contar um novo período de permanência.

Mais uma vez isto me aconteceu recentemente, quando a validade do meu visto estava terminando, desejando continuar na Tailândia por mais um mês tive que sair do país.

Depois de pensar bem no local e país mais próximo, para solucionar este problema, resolvi ir até Poi Pet no Cambodja. Desloquei-me então à referida embaixada onde solicitei um visto de entrada.

Marcado o dia da viagem, solicitei os préstimos de um vizinho nosso, condutor de táxi, para nos levar até ao terminal de autocarros em Monchit. De caminho aproveitamos para levar as nossas filhas para a escola, já que as aulas delas começavam às 08.00 horas.

Chegados ao terminal por volta das 09.00 horas, vimos uma placa indicando que no primeiro andar se situavam as bilheteiras para o nosso destino, a cidade de Aranyapathet.

Iamos já a subir a escadaria quando um dos seguranças nos perguntou para onde nos dirigiamos. Informado sobre a viagem disse-nos que as bilheteiras ficavam no piso térreo.

Logo encontramos dois guiches abertos para venda de bilhetes, contudo um deles sem qualquer funcionário a atender...

Verificámos que uma das partidas teria lugar as 10.00 horas e que o preço da passagem era de 320 baths por pessoa.

Outra empresa tinha uma viatura que saía as 09.30 horas para o mesmo destino em viatura de luxo e com o preço de 280 baths, ou seja mais barato e saindo mais cedo, optámos naturalmente por esta última.

Tivémos ainda tempo de ir tomar um café e comprar o jornal do dia, observando de passagem a grandeza do terminal bem como o seu intenso movimento.

Ali estava o nosso autocarro estacionado, pronto para nos levar até ao nosso destino final.

Dez minutos antes da hora da partida subimos para o autocarro, que era limpo e confortável, ficando instalados logo no primeiro banco por detrás do assento do condutor.

Por sorte estes lugares eram os mais espaçosos, tendo sido marcados na bilheteira sem qualquer intervenção nossa.

Alguns turistas que iam para o mesmo destino misturavam-se com os restantes passageiros, não enchendo o autocarro, que acabou de partir com alguns lugares vazios.

O condutor era uma pessoa com cerca de sessenta anos de idade, bem apresentado e rigorosamente fardado. Ao entrar para a viatura verificou rigorosamente todos os instrumentos de bordo.

O seu ajudante, igualmente, devidamente fardado ia arrumado nos compartimentos as respectivas bagagens. Com um cabelo em estilo Punk, todo “electrificado” e com óculos de sol parecia o Mike Jackson .

À hora exacta deixamos o terminal entrando na via rápida, havia bastante movimento de viaturas, mas pouco depois passámos para a faixa de saída da cidade, onde dentro de pouco tempo já se avistava o aeroporto.

Parámos na estação de Rangsit onde entrou uma multidão de passageiros, muitos tiveram que permanecer de pé durante toda a viagem. Como este autocarro fazia viagens bem longas não deveria ser permitido passageiros em pé!

Enfim, mais uma lição aprendida com um autocarro de luxo, como diziam, a transportar passageiros sem lugar para se sentarem.

Já tinha passado por essa experiência em Portugal, indo na empresa Eva, de Albufeira para Évora, ao chegar a Beja o condutor meteu passageiros a mais, que tiveram de ir em pé até Évora!

Na Tailândia podia-se compreender a situação devido a grande população do país, concentrada sobretudo na região da grande Banguecoque.

Em Portugal estranhei contudo o facto e questionando o condutor sobre o problema de excesso de lotação este respondeu-me rispidamente que era assim mesmo!

Juntamente com os passageiros, subiu uma cobradora da companhia, trazendo vestido um blusão por cima da farda, o que lhe valeu uma repreensão dada pelo zeloso condutor.

Depois de verificar os bilhetes e de ter cobrado aos passageiros entrados em Rangsit o preço da respectiva viagem, acabou por se sentar entre o condutor e o ajudante.

O condutor todo risonho, ia entabulando conserva com ela e de vez enquando apalpava-lhe as pernas e seios. Esta ria não dizendo nada.

Passámos por uma afamada ria onde se encontravam variados batelões servindo de restaurante, eram bastante frequentados, porque serviam como especialidades massas cozidas com vários tipos de carnes e mariscos.

O autocarro ia parando em todos os lugares aumentando o fluxo de entrada e saída de passageiros.

Eu já ia muito apertado pelo excesso de pessoas em pé, e na verdade, como se costuma dizer em Portugal, iamos todos como “sardinhas em lata”...

Para passar o tempo fui dando uma vista de olhos pelo jornal até que chegamos a uma estação de servico para reabastecimento.

Vários passageiros aproveitaram logo para ir aos lavabos outros optaram por comer qualquer coisa.

Acabei apenas por fumar um cigarro. Embora fossem horas de almoco, deixámos ficar a refeição para mais tarde, do que bem nos arrependemos, como se irá ver mais adiante.

Eram 14.30 horas quando chegámos ao terminal de Aranyapathet tendo levado cinco horas para percorrer os 198 quilómetros que separam esta cidade de Banguecoque.

Minha companheira e eu saímos do autocarro procurando nas imediações do terminal encontar algum restaurante onde pudessemos almoçar, ma não havia nada!

Os restantes passageiros estrangeiros, já tinham seguido em vários triciclos motorizados para a fronteira de Poi Pet, que distava ainda uns oito quilómetros.

Resolvemos também seguir para lá, com uma condutora de triciclos alí à espera, e por 40 baths metêmo-nos a caminho.

A paisagem do percurso era linda com diversos “resortes”dotados de imensos campos de golfe. O trânsito era imenso e constituido principalmente por camiões de carga com destino para o Cambodja.

Chegados perto da fronteira deparamos com uns enormes barracões atravancados de mercadorias.

O movimento de pessoas era enorme assim como o número de pedintes, que se colava aos turistas, pedindo esmola ou oferecendo um guarda-sol em troca de algumas moedas.

Via-se todo o tipo de transportes possível e imaginável. Até “zebras”, que para quem não sabe, é um tipo de carroça de duas rodas, puxada por um frágil e esquelético individuo, quase a cair de pobre, com a carga amontoada a grande altura, segurada na parte de trás, por outras duas ou três miseráveis pessoas nas mesmas condicões!

Também se viam passageiros transportados nestas carroças, sentadas em cadeiras de plástico muito baixas, quase roçando pelo chão.

O aspecto do local era lamentável, sujo e pobre, cheio de mendigos e de carroças de todos os tipos.

Foi neste cenário que chegámos até as instalações dos servicos de migração tailândes onde havia uma fila enorme que chegava até à porta.

Preenchidos os devidos impressos ficámos aguardando a nossa vez. Eu não necessitei de preencher o meu, visto ter um duplicado já apenso ao passaporte.

Reparando haver um balcão vago que se destinava a cidadãos tailândeses, a meu pedido a minha companheira para lá se deslocou, acabando por também me atenderem ali, para desespero dos outros turistas que em longas filas aguardavam a sua vez...

Saídos das instalações atravessámos a rua e dirigimo-nos para os serviços de migração cambodjanos.

Estes funcionavam no meio da rua. Com um sol abrasador, ali ficamos na fila aguardando a nossa vez, o que por sinal foi rápido, entrando em seguida no território do Cambodja.

O panorama começou de imediado a ficar bem diferente daquele que vimos junta da fronteira com a Tailândia.

A pobreza deu lugar ao luxo, onde seis enormes edifícios rodeados por belos e extensos jardins, serviam de hoteis casinos.

Entrámos no que estava mais perto indo procurar um restaurante para almoçarmos, dando início a uma situação de “barracada”.

Na sala de entrada, onde se encontravam os serviços de recepção, havia várias máquinas de jogo e um pequeno estabelecimento de venda de comidas.

Como estava vazio aquela hora, por indicação de um funcionário deslocámo-nos para o primeiro andar onde havia um restaurante.

Tivémos primeiro que deixar as malas que levávamos, passando em seguida pelas portas electrónicas, pois o tal restaurante ficava no interior do casino.

Subindo as escadas todas atapetadas fomos dar com um luxuoso restaurante que naquele momento se encotrava sem clientes.

Sentámo-nos então numa das mesas redondas aguardando que uma das muitas empregadas que se encontravam junto ao balcão nos viesse atender.

Como nenhuma se dignava aproximar-se da nossa mesa, fiz sinal a uma que prontamente veio até nós, não para receber o nosso pedido, mas para informar que o restaurante tinha fechado as 14.30 horas e só reabriria às 18.00 horas.

Pensando em regressar a Banguecoque por volta das 17.00 horas altura em que a fronteira fechava, não tinhamos qualquer intenção de passar ali a noite.

Saimos do restaurante da barriga vazia e fomos para o rés-do chão onde demos com um imenso salão, onde serviam um buffet.

A minha companheira não se fez rogada e foi-se logo servindo. Eu, mais cuidadoso, perguntei ao empregrado qual o preço que cobravam pelo buffet.

Fui informado que cada pessoa teria de apresentar uma senha no valor de 1.500 baths para jogar no casino, para ter direito ao buffet gratuito.

Ao ouvir aquilo rapidamente saimos dali.

Tornámos a passar pela porta electrónica e recolhendo as nossas malas então reparei que no balcão dos servicos de informação faziam referência a transportes de Poi Pet para Banguecoque.

Inquirido o empregado este deu-nos o número de telefone de uma companhia que fazia aquele serviço de transporte.

A Ah Mui companheira entrou em contacto com a mesma, indagando o preço da viagem e a hora de saída, perguntando também se por perto havia algum restaurante onde pudessemos almoçar.

O indivíduo que atendeu o telefonema ficou bastante perplexo por aquela hora ainda não termos almoçado, dizendo que viria ao nosso encontro com duas senhas para almoçarmos no buffet do casino.

Aguardámos a chegada do indíviduo, um rapaz jovem, bem vestido e bastante simpático que se dirigiu a nós assim que nos viu.

Pagámos as passagens de 200 baths por pessoa. Fomos informados que sairiamos do outro lado da fronteira às 17.00 horas. Deu-nos o número da matrícula da carrinha que estaria estacionada junto as instalações do único banco naquela zona.

Entregou-nos depois as senhas para tardiamente podermos saciar a nossa fome.

Já bem satisfeitos, fomos tentar a nossa sorte nos caça--níqueis. Como a sorte não estava do nosso lado acabámos por lá deixar uns 500 baths.

Pelas 16.00 horas seguimos até à fronteira, onde entreguei o meu passaporte ao agente ali de serviço que me perguntou porque razão não passava a noite no Cambodja.

Como nada lhe respondi, depois de carimbar a saída e antes de me devolver o passaporte exigiu-me que lhe pagasse a quantia de 100 baths visto ter permanecido somente algumas horas em terras cambodjanas. Enfim lá inventou uma lei sua para sacar algum.

Na parte tailândesa não tive qualquer problema, sendo o funcionário que me atendeu até bastante simpático, dizendo-me que me concedia a estada na Tailândia somente por 30 dias visto eu não ter um visto de turista ou de qualquer outro tipo.

Agradeci-lhe e dirigimo-nos para o tal Banco, onde supostamente estaria a viatura à nossa espera. Por mais que procurassemos não vimos viatura alguma. Indagámos junto de um segurança e este indicou que o estacionamento das carrinhas para Banguecoque ficava junto ao mercado.

Para lá seguimos sempre acompamhados de mendigos que de mão estendida pediam esmola. De facto ali estavam estacionadas várias carrinhas que sairiam às 17.00 horas com destino a Banguecoque.

Porém não encontravamos a que nos tinha sido indicada. Eram já quase 17.00 horas e nada de aparecer a viatura.

Perguntando a um dos condutores sobre a viatura em questão fomos informados que a mesma tinho ido para a oficina para reparação!

Disse-nos que a viatura que ali estava ao nosso lado seria a que nos levaria para Bangkok. Entrámos nela e ficámos aguardando a chegada dos outros passageiros que nunca chegaram a comparecer.

Apareceu então o tal indivíduo da companhia que fez a viagem conosco. Pedindo-nos desculpa pelo equívoco, mas ele também desconhecia que a viatura tivesse ido para reparação.

Os outros passageiros que já tinham as suas passagens compradas, ou se atrasaram na passagem da fronteira ou ficaram pregados às mesas de jogo. O que é certo é que a carrinha, pontualmente às 17.00 horas largava dali.

Tanto a minha companheira como eu iamos óptimamente instalados com ar condicionado, vários bancos a nossa disposição e com televisão onde podemos ver um interessante filme chinês.

Viemos por um caminho diferente daquele da nossa ida, seguindo por uma nova e bela auto-estrada. O sol já tinha desaparecido e acabámos por fazer a viagem de noite, pouco podendo ver da paisagem, a não ser uma ou outra queimada aqui e além.

Levámos pouco mais de duas horas até chegar-mos a casa onde a carrinha nos deixou à porta.

Aprendi a lição sobre autocarros na Tailândia: que para usá-los há que ter todo o cuidado em escolher bem a companhia e seus serviços!